Matérias >> Edição 174 >> Comemorando II

O Sêder de Pêssach

Rabino I. Dichi

Este ano o Sêder de Pêssach deve ser realizado nos dias 27 e 28 de março (fora de Êrets Yisrael), sábado e domingo de noite.
No Sêder de Pêssach temos a oportunidade de cumprir muitas mitsvot. Entre elas, duas da Torá: narrar a história do Êxodo do Egito, contida na Hagadá, e comer a matsá. A realização do Sêder possui muitos detalhes, que podem ser esquecidos a cada ano. Por isso, publicamos novamente, extraído e revisado do livro "Pêssach e Suas Leis", o procedimento a ser observado durante o Sêder.
A tradução, trans­literação, os comentários da Hagadá e as leis do Sêder podem ser encontrados na "Hagadá de Pêssach" publicada pela Congregação.

Comemorando II

Cadesh

Recita-se o Kidush

Cada um dos participantes deve ter à sua frente um copo que contenha, no mínimo, 86ml de vinho ou suco de uva.

Aquele que conduz o Sêder - seja ele o dono da casa ou o mais velho dentre os presentes - recita o Kidush. Enquanto isso, todos os participantes devem ficar em silêncio, segurando cada qual o seu copo e respondendo apenas “amen” no final das berachot contidas no Kidush: Borê Peri Haguêfen (ashkenazim dizem hagáfen), Mecadesh Yisrael Vehazemanim (no sábado acrescenta-se duas berachot da Havdalá) e Shehecheyánu.

Não é permitido dizer “baruch Hu uvaruch Shemô” durante o Kidush.

Na berachá de Shehecheyánu deve-se ter em mente todas as obrigações da noite, como comer matsá e maror.

Depois do Kidush, todos - homens e mulheres - devem tomar de uma só vez, de preferência, cerca de 86ml de vinho, ou pelo menos um pouco mais da metade disto.

Sefaradim: Homens e mulheres se reclinam para a esquerda ao tomar o vinho.

Ashkenazim: Apenas os homens se reclinam ao tomar o vinho.

Urchats

Ablução das Mãos Antes do Carpás

Segurando a caneca com a mão direita, cada um dos presentes deve enchê-la de água, passá-la para a esquerda e vertê-la três vezes (há quem o faça duas vezes) sobre a mão direita. Depois, segurando com a direita, verte-se água três (ou duas) vezes sobre a esquerda, sem recitar nenhuma berachá e seca-se as mãos.

Esta lavagem sem berachá é necessária sempre antes de comer algo que será mergulhado em água, vinho, vinagre, mel, azeite de oliva ou leite. Aqui é necessária porque o carpás é comido após mergulhado em água com sal.

Não se deve falar entre a ablução das mãos e o ato de comer o carpás.

Carpás

Come-se a Hortaliça Mergulhada em Água com Sal

É costume comer o carpás para despertar a curiosidade das crianças, estimulando-as a fazerem perguntas sobre Pêssach.

Os sefaradim costumam usar salsão como carpás. Os ashkenazim em geral usam batata.

Pega-se um pedaço de carpás menor que 18g, mergulha-se na água com sal e, antes de comê-lo, diz-se a berachá de Borê Peri Haadamá. Ao dizer a berachá, deve-se ter em mente que ela também é válida para o maror que será comido posteriormente.

Yachats

Parte-se a Matsá do Meio

Na keará, a bandeja que fica sobre a mesa durante todo o Sêder, há três matsot. Parte-se a matsá do meio e o pedaço maior é guardado para o aficoman.

Os sefaradim costumam embrulhar o aficoman num pano ou guardanapo, colocam-no sobre o ombro e recitam, um participante por vez, um trecho da Torá (Shemot 12:34-35) - revivendo um episódio do primeiro Sêder - que diz:

“Mish’arotam tserurot bessimlotam al shichmam Uvnê Yisrael assu kidvar Moshê.”

“O restante (da matsá) ataram com suas vestimentas sobre seus ombros, e os Filhos de Israel fizeram conforme a palavra de Moshê.”

Para cada participante, os demais fazem as perguntas “de onde você vem?” e “para onde você vai?”, que devem ser respondidas, respectivamente, com “do Egito” e “para Jerusalém”.

O pedaço menor da matsá partida é recolocado entre as duas matsot.

Todo o Shabat e yom tov usam-se duas chalot para a berachá durante as refeições, chamadas de lêchem mishnê. Isto em lembrança à porção dupla de “man” que D’us concedia ao Povo de Israel no deserto nas sextas-feiras e vésperas de yom tov. Em Pêssach colocamos na mesa mais uma porção, a matsá partida, que representa o lêchem ôni - o pão da pobreza. Este simboliza a escravidão, pois o pobre e o escravo costumam comer uma parte do pão e guardar um pedaço para depois.

Maguid

Narração do Êxodo do Egito

A leitura da Hagadá, que narra o Êxodo do Egito, constitui um preceito explícito da Torá. Por isso, recomenda-se explicá-la de modo que todos os presentes possam entendê-la. Deve-se evitar qualquer conversa adversa ao assunto de Pêssach durante a leitura.

Observação: Quem não sabe ou não pode ler toda a Hagadá, deve ao menos ler e entender o trecho “Raban Gamliel... Pêssach, matsá umaror”.

Há Lachmá Anyá - De “há lachmá anyá” até “benê chorin” ergue-se a travessa com as matsot para despertar a curiosidade das crianças. Outros, ao pronunciarem “há lachmá anyá” (este é o pão da pobreza) erguem a matsá partida - a do meio - símbolo da pobreza.

Antes do Má Nishtaná retira-se a travessa de matsot da mesa ou coloca-se no fim da mesa como se a refeição já tivesse terminado - para surpreender as crianças e para que perguntem o que está acontecendo. Explica-se, então, que os escravos oprimidos muitas vezes são impedidos de se alimentar para ir trabalhar.

Má Nishtaná - Antes que a criança recite o Má Nishtaná, enche-se os copos de todos os presentes com vinho para o segundo copo - mais uma curiosidade para as cianças. Cada um dos quatro copos de vinho corresponde a uma das quatro expressões de redenção citadas na Torá sobre o Êxodo do Egito.

Avadim Hayínu - Restitui-se a travessa de matsot ao seu devido lugar, descobre-se parcialmente as matsot e prossegue-se a leitura da Hagadá. É preciso certificar-se de que as crianças estejam acordadas durante o Avadim Hayínu, pois aí começa a resposta para as suas perguntas.

(Ve)hi Sheamedá - Antes de recitar esta passagem, cobre-se as matsot. Todos os participantes erguem os seus copos de vinho durante a leitura deste trecho da Hagadá, até Tsê Ulmad.

Tsê Ulmad - Repousa-se os copos sobre a mesa, descobre-se parcialmente as matsot e prossegue-se com a leitura da Hagadá.

As Dez Pragas - Ao pronunciar cada uma das palavras alusivas às dez pragas, dentre os sefaradim o condutor do Sêder costuma verter um pouco de vinho do copo em uma bacia, perfazendo um total de 16 vezes em que o vinho é vertido. Os ashkenazim derramam um pouco de vinho com o dedo, em alusão a “este é o dedo de D’us” - expressão que os magos do Faraó usaram para descrever as pragas.

As palavras nas quais verte-se o vinho são: Dam, Vaesh, Vetimrot Ashan. Dam, Tsefardêa, Kinim, Arov, Dêver, Shechin, Barad, Arbê, Chôshech, Macat-Bechorot. Detsach, Adash, Beachav.

Após a última menção verte-se todo o resto do vinho, lava-se o copo e volta-se a enchê-lo de vinho.

Raban Gamliel - Esta é a essência de todo o Pêssach. Por isso, esse trecho deve ser traduzido e explicado de modo que todos possam entendê-lo perfeitamente. A tradução deste parágrafo é a seguinte:

“Raban Gamliel costumava dizer: ‘Todo aquele que não diz estas três coisas em Pêssach, não cumpriu com o seu dever. E são elas: Pêssach, matsá e maror (o cordeiro pascal, o pão ázimo e a hortaliça amarga).’”

Os três parágrafos que se seguem na Hagadá comentam os três termos recém-citados.

Pêssach - Ao iniciar esta parte, costuma-se observar o zerôa, o pedaço de frango da travessa em lembrança do Corban Pêssach que se fazia na época do Templo. Porém, deve-se tomar o cuidado de não gesticular em sua direção, para não parecer que se está fazendo um corban (sacrifício, oferenda) fora do Bêt Hamicdash, o Templo Sagrado.

Matsá - Costuma-se segurar a matsá partida do meio (há quem segure a de cima), para que todos os participantes possam vê-la ao recitar as palavras “matsá zô” - “esta matsá”. Há quem costume apenas apontá-la sem segurar.

Maror - Costuma-se segurar o maror ao recitar as palavras “maror zê” - “este maror”. Há quem costume apenas apontá-lo sem segurar.

Baruch... Gaál Yisrael - Após esta berachá, toma-se o segundo copo de vinho. Deve-se tomar 86ml ou pelo menos pouco mais do que a metade disto.

Sefaradim: Não dizem a berachá de Borê Peri Haguêfen antes de tomá-lo. Homens e mulheres se reclinam para a esquerda ao tomá-lo.

Ashkenazim: Dizem a berachá antes de tomá-lo. Só os homens se reclinam para a esquerda ao tomá-lo.

Após tomar o vinho não se diz a berachá acharoná, pois o Bircat Hamazon que será recitado a isenta.

Rochtsá

Ablução das Mãos Antes de Comer Matsá

Segurando a caneca com a mão direita, cada um dos presentes - homens, mulheres e crianças - deve enchê-la de água, passá-la para a esquerda e vertê-la três vezes (há quem o faça duas vezes) sobre a mão direita. Depois, segurando com a direita, verte-se água três vezes (ou duas) sobre a esquerda.

Importante: A água, ao ser entornada sobre a mão, deve cobri-la até o pulso. Antes de enxugar as mãos - e não durante - recita-se a berachá:

“Baruch... asher kideshánu bemitsvotav vetsivánu al netilat yadáyim”.

Não se deve fazer nenhum tipo de interrupção entre a ablução das mãos e o ato de comer a matsá.

Motsi

Recita-se a Primeira Berachá Sobre as Matsot

Segura-se as três matsot com as duas mãos e pronuncia-se a berachá: “Baruch... hamotsi lêchem min haárets”.

Observação: Todas as vezes que estivermos cumprindo uma mitsvá, tanto da Torá quanto derabanan (prescrição rabínica), devemos ter em mente que a estamos cumprindo por ser uma determinação do Todo-Poderoso.

Matsá

Dizemos a Segunda Berachá Sobre as Matsot e as Comemos

Após a berachá de Hamotsi, solta-se a matsá de baixo e, segurando apenas a primeira matsá (inteira) e a partida, diz-se a berachá (deve-se ter em mente também a matsá que será consumida posteriormente no corech, o sanduíche de matsá e maror):

“Baruch... asher kideshánu bemitsvotav vetsivánu al achilat matsá”.

Distribui-se pedaços da matsá de cima e do meio para todos os participantes. Os sefaradim mergulham a matsá no sal.

Importante: Cada um dos presentes deve comer dois kezaytot de matsá, o que equivale a uma matsá quadrada inteira (ou metade de matsá redonda feita à mão, que é maior). Como os pedaços distribuídos em geral não perfazem esta quantidade, deve-se completá-la com outras matsot da mesa.

Os dois kezaytot de matsá devem ser consumidos em cerca de quatro minutos.

Sefaradim: Homens e mulheres devem comer a quantidade obrigatória de matsá reclinados para a esquerda.

Ashkenazim: Só os homens se reclinam.

Importante: Evita-se qualquer conversa que não seja necessária para a observância destas mitsvot a partir deste momento até depois do Corech (o sanduíche de matsá com maror), pois as berachot ditas agora também devem se estender ao Corech.

Maror

Comer o Maror Após Mergulhá-lo no Charôsset

Pega-se um kezáyit de maror (cerca de 28g de alface romana ou raiz forte) e mergulha-se levemente no charôsset. Após retirar o excesso de charôsset, para prevalecer o gosto amargo do maror, recita-se a berachá antes de consumi-lo (tendo em mente também o maror que será consumido posteriormente no corech):

“Baruch... asher kideshánu bemitsvotav vetsivánu al achilat maror”.

Importante:

a. O maror não deve ser mantido em água ou similar por vinte e quatro horas, não deve ser mantido em vinagre nem por pouco tempo e não deve ser cozido, pois torna-se impróprio para a mitsvá de maror. Pode-se, porém, conservá-lo na geladeira.

b. Quando se usa a alface romana para maror, é indispensável verificar cuidadosamente e remover os vermes, insetos e ovos que porventura nela se encontrem. Isto deve ser feito sob iluminação adequada, sendo proibido tratá-la com vinagre para não inutilizá-la para o Sêder.

Não se reclina ao comer o maror, pois reclinar-se é símbolo de liber­dade.

Corech

Sanduíche de Matsá com Maror

Reparte-se a terceira matsá (a que foi solta após a berachá de Hamotsi) entre os presentes para que façam um sanduíche de maror, o qual deve ser mergulhado levemente no charôsset.

O sanduíche deve conter pelo menos um kezáyit de matsá (cerca de 1/3 de matsá redonda, feita à mão, ou  2/3 da quadrada de máquina; porém, para quem não puder comer esta quantidade, é suficiente comer metade do citado) e um kezáyit - 28g - de maror. Como, geralmente, os pedaços distribuídos são menores que os acima citados, deve-se completar a quantidade necessária com outras matsot e maror da mesa.

O corech deve ser comido em quatro minutos e reclinando-se para o lado esquerdo (o costume ashkenazi é que só os homens se reclinam).

Caso a pessoa não coma a matsá e o maror juntos, não terá cumprido esta mitsvá de Corech.

Shulchan Orech

Refeição Festiva

No início da refeição costuma-se comer o ovo que está na keará (a travessa). Ele representa, simbolicamente, o Corban Chaguigá. Na época do Bêt Hamicdash (o Templo Sagrado), o Corban Chaguigá era o sacrifício consumido durante o Sêder antes do Corban Pêssach (Sacrifício Pascal). O Corban Pêssach só era comido no final da refeição.

Aconselha-se comer e beber moderadamente durante esta refeição, de modo que, no final dela, ainda haja apetite para comer o aficoman, pois comê-lo forçadamente, sem apetite, é como não tê-lo comido.

Tsafun

Comer o Aficoman

No fim da refeição, após a sobremesa, come-se o aficoman. O aficoman é a outra parte da matsá do meio que foi dividida no início do Sêder. Ele representa, simbolicamente, o Corban Pêssach (Sacrifício Pascal) que na época do Bêt Hamicdash era comido após a refeição festiva do Sêder.

Deve-se comer pelo menos um kezáyit de matsá (cerca de 1/3 das matsot redondas, que são maiores, ou 2/3 das quadradas); porém, para quem não puder comer esta quantidade, será suficiente comer metade do citado.

Antes de comer o aficoman, recita-se a seguinte frase:

“Zêcher Lecorban Pêssach haneechal al hassavá - Em lembrança da Oferenda Pascal que era comida após estar satisfeito.”

O aficoman deve ser consumido antes do meio da noite, como o próprio Corban Pêssach, que era comido antes do meio da noite (este ano, nas noites de Pêssach, chatsot - o meio da noite - será às 00h12m em São Paulo).

O kezáyit de matsá do aficoman também deve ser consumido em até quatro minutos.

Sefaradim: Homens e mulheres se reclinam para a esquerda ao comer o aficoman.

Ashkenazim: Só os homens se re­clinam.

Há autoridades rabínicas que requerem o consumo de dois kezaytot de aficoman - um representando simbolicamente o Corban Pêssach e o outro em lembrança da matsá que devia ser comida junto com o corban.

Se os pedaços de aficoman distribuídos forem menores que o acima citado ou se ele foi perdido, deve-se completar a quantidade necessária com outras matsot.

Não se deve comer o aficoman fora da mesa do Sêder.

Após o aficoman só nos é permitido tomar água e os dois últimos copos de vinho obrigatórios do Sêder. É-nos proibido comer ou beber qualquer outra coisa, para não remover o gosto do aficoman de nossas bocas mas, em caso de necessidade, é permitido tomar chá ou café.

Barech

Recita-se o Bircat Hamazon Sobre o 3º Copo

Após o aficoman, lava-se os dedos com água. Isto é chamado de “máyim acharonim”. Todos os presentes enchem seus copos de vinho e, havendo três ou mais homens com mais de treze anos, o condutor do Sêder, ou mais homens com mais de treze anos, o condutor do Sêder, ou quem ele queira honrar, deve recitar o zimun (convocar a todos para o Bircat Hamazon, a bênção após a refeição). Ao recitar o zimun, o condutor deve erguer seu copo um punho acima da mesa - cerca de 8cm.

No Bircat Hamazon acrescenta-se o trecho Yaalê Veyavô, onde há uma menção especial para Pêssach. Quem terminar o Bircat Hamazon sem ter dito o Yaalê Veyavô deve repeti-lo, devidamente, por completo (sobre quando repetir o Bircat Hamazon, vide detalhes no livro “Rosh Hashaná, Yom Kipur e Sucot”, cap. 7 par. 1 a 5).

Depois do Bircat Hamazon todos devem dizer a berachá de Borê Peri Haguêfen (ashkenazim dizem hagáfen) sobre o vinho e tomar cerca de 86ml, ou pelo menos mais que a metade disto.

Sefaradim: Homens e mulheres se reclinam para a esquerda ao tomá-lo. Devem ter em mente, ao recitar a berachá, que esta seja válida também para o quarto copo.

Ashkenazim: Somente os homens se reclinam ao tomá-lo. No quarto copo deverão recitar a berachá de Borê Peri Hagáfen novamente.

Este é o terceiro copo de vinho do Sêder. Não é permitido tomar mais vinho entre este e o quarto e último copo.

Halel

Conclui-se o Halel e o Sêder

Enche-se o quarto copo de todos os presentes e também o copo de Eliyáhu Hanavi.

Abre-se a porta, demonstrando que não tememos os perigos da noite, pois esta é “Lêl Shimurim” - a noite em que D’us nos protege de todo o mal - como fez na noite da nossa Redenção no Egito. Eliyáhu Hanavi está tradicionalmente ligado a este trecho do Sêder, pois é ele que anunciará a vinda do Mashiach, da qual seremos merecedores quando fortalecermos nossa fé na proteção e grandeza do Todo-Poderoso.

Diz-se o trecho Shefoch Chamatechá e depois fecha-se a porta.

Deve-se cobrir o copo de Eliyáhu Hanavi e guardá-lo para o Kidush do dia seguinte.

Depois disso, prossegue-se com a leitura do Halel até o fim da Hagadá - de “lô lánu” até “Mêlech mehulal batishbachot”.

Havendo pelo menos três homens acima de treze anos durante o Halel Hagadol, um deles deve recitar o início dos versículos em voz alta, enquanto os outros respondem em uníssono: “ki leolam chasdô!”.

Terminada a leitura da Hagadá, todos devem tomar o quarto copo de vinho.

Sefaradim: Não dizem Borê Peri Haguêfen. Tanto os homens quanto as mulheres se reclinam para a esquerda ao tomá-lo.

Ashkenazim: Recitam Borê Peri Hagáfen. Só os homens se reclinam para a esquerda.

Importante: Deve-se tomar de uma vez cerca de 86ml deste ou do copo anterior, pois só assim será possível dizer depois do quarto copo a berachá acharoná “Al Haguêfen”. Quem estiver impossibilitado de fazê-lo, deve ao menos procurar tomar um pouco mais que a metade disto para cumprir a mitsvá, porém, neste caso, não dirá a berachá acharoná.

Após o quarto copo (quando foi tomado 86ml de uma vez no terceiro ou quarto copo) deve-se recitar a bênção posterior ao vinho, Al Haguêfen, onde há uma menção especial de Pêssach.

Nirtsá

Aceito por D’us

Realizar o Sêder conforme as tradições judaicas é, certamente, um evento inesquecível para os participantes e será aceito de boa vontade por D’us.