Era uma vez um bebê pronto para nascer...
- Meu D'us, é verdade o que me dizem? - disse ele assustado. - Que Você me enviará para a Terra? Como poderei viver lá? Sou tão pequeno e sem recursos?
D'us respondeu calmamente ao pequenino ser:
- Não se preocupe. Dentre todos os anjos, escolhi um especialmente para ti. Ele te atenderá e tomará conta de ti
- Mas... - continuou a criança reticente - aqui no Paraíso eu me deleito com a proximidade de Ti. Estou constantemente cantando e sorrindo!... Necessito disto para ser feliz...
E D'us reconfortou-o novamente:
- A cada dia, teu anjo cantará para ti. Sentirás seu amor e serás feliz, criança...
Ainda apreensivo, o bebê continuou questionando:
- Como poderei compreender o que me dizem se não conheço a língua deles?
- Isso é fácil - respondeu D'us. - Teu anjo te dirá as mais doces, as mais maravilhosas palavras... E com muita paciência e delicadeza, teu anjo te ensinará a falar...
Um pouco mais calma, depois de alguns instantes de reflexão, a criança olhou para D'us e disse:
- Mas como vou fazer quando quiser falar Contigo?
D'us sorriu para a criança, dizendo-lhe:
- Teu anjo te ensinará a rezar e Eu estarei ouvindo-a constantemente!
Passaram-se alguns instantes e, lembrando-se de algo amedrontador, a criança disse assustada:
- Ouvi dizer que na Terra existem homens maus... Quem me protegerá deles?
D'us respondeu novamente com muita ternura:
- Teu anjo te defenderá, ainda que seja com o risco de sua própria vida!
Apesar de todas as explicações, a criança continuou triste e disse, lamentando com uma voz muito baixinha:
- Mas eu serei sempre infeliz por não Te ver mais...
Ouvindo isso, D'us abraçou a criança animando-a:
- Teu anjo te falará de Mim e te ensinará o caminho para voltares a Mim! E, de qualquer maneira, estarei sempre a teu lado.
Nesse momento, reinou no Céu uma grande paz e ouviram-se vozes vindas da Terra...
Percebendo que o tempo se esgotava, a criança ainda perguntou ofegante:
- Oh! Meu D'us, estou pronto para partir! Mas, por favor, diga-me o nome do meu anjo!
- O nome do teu anjo não tem importância, minha criança - respondeu o Todo-Poderoso. - Chame-o simplesmente de... Mamãe!